Heleninha com seu jeito meigo e
voz suave encantou a região amazônica.
Foto: Marcello Casal.
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É
do meu amor que vives!
Você
não é homem...
Você
é um bicho! ... Louco... alucinado...
Um
lixo!
Vive
numa redoma de vidro para abafar o cheiro da tua covardia.
Dizem
que em tempos idos foste forte ...mas que importa... é assim que te vejo
Anjo
...doido!
Cavalo
de raça ... vem ... me cobre de graça e prova o teu nome.
Grita
... rola ... eu aplaudo e morro de rir da tua fúria.
Eu
vou te infernizar com minhas manhas e te embebedar com meu veneno.
E
não irás mais embora por que te acostumarás com minha mordida.
Beberei
teu sangue gota a gota e te lavarei as chagas com ervas ...
Mas
conservarei uma para que precises desta dor constante e das minhas ervas.
Vem
... conta a tua estória e eu ouvirei como se fosse minha ...
Não
tenha medo que eu não sou um perigo,
Embora
não traga a bandeira da paz na minha mão sempre.
Mas
vem ... pois é aqui o teu porto.
É
na minha loucura que te escondes.
É
na minha relva que deitas...
É
no meu fogo que te banhas...
É
do meu amor que vives!
Helena
Ardito Bortone
São
Paulo, julho de 1976
Acompanhe o "Poema para um Amigo" em um vídeo enviado por Clemente Drago ao blog Encontro com Tia Leninha.
Ai que lembranças Boas...Saudades da minha primeira educadora, que me ensinava coisas lindas e me fazia sonhar com lindas histórias. Querida Tia você será eternizada no meu coração.
ResponderExcluirEu sou fã da tia Heleninha, desde os meus treze anos. Fico muito triste por não poder conversar sobre os tempos bons, tempos de felicidades.
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