segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Heleninha Bortone completaria 64 anos nesta segunda e seus ensinamentos continuam vivos


Helena Ardito Bortone, a Tia Heleninha, nasceu em 6 de fevereiro de 1953 e se tivesse viva completaria 64 anos nesta segunda.  Para celebrar essa data vamos lembrar as lições de amor e amizade transmitidas por Heleninha, por meio de dois de seus livros: Desculpa, mãe e Me dá sua mão.

Heleninha, que até hoje é sinônimo de amor e saudade entre os seus ouvintes, levou pelas ondas do Rádio lições que jamais serão esquecidas. Muitas dessas lições também foram destaques em seus livros. Sua primeira obra Desculpa, mãe, lançado em 1981 já mostrava toda sua sensibilidade com as palavras.

“_ É, Flávio, quem tem um animalzinho deve cuidar. Tá vendo? A gente pode perder aquilo que mais gosta por não dar a atenção que ele merece”.

A fala é de Nestor, direcionada ao seu neto Flávio, personagens do livro Desculpa, mãe. A história se desenrola em torno do menino e da sua falta de cuidado com o cachorrinho Tico, o que acaba resultando na morte do animalzinho. Além disso também é destaque a relação de amor entre os avôs e netos, assim como entre mãe e filho.

Em seu segundo livro, Me dá sua mão, lançado em 1984, Heleninha coloca em evidência os preconceitos sociais, a pureza das crianças e a beleza da amizade firmada entre Marcos e Zeca, que precisam enfrentar a mãe de Marcos para poderem seguir livremente com suas brincadeiras.

“_ Mãe, o Zeca é meu amigo. Meu único amigo [...]. O Zeca não é um menino de rua. Lembra aquele carro vermelho? Dei para ele. E ele já me deu 26 bolinhas de gude. Ele joga, ganha e me dá. Nunca aprendi jogar. Como é que posso aprender com aquela grade no meio? Pode me colocar no colégio o dia inteiro. Lá também deve ter um tipo de portão. Fizemos um trato de ser amigos pro resto da vida. O Zeca, mãe... o Zeca é meu próximo, viu?

Heleninha Bortone faleceu em junho de 2008, mas as lembranças da sua gentileza continuam vivas na memória de todos aqueles que tiveram a oportunidade de beber na sua fonte.

“_ Senta aqui no meu colo. Olha, Flávio, tudo se acaba, mais cedo ou mais tarde. Nós morreremos um dia, as plantas morrem e os animais morrem também. Mas a vida continua, o Tico a esta altura já está no céu dos cachorrinhos.  

Fotos:  Extraídas das capas do livros Desculpa, mãe e Me dá sua mão, respectivamente. 

10 comentários:

  1. Eu cresci ouvindo a radio nacional da amazônia e principalmente o programa da tia Heleninha.Aprendi muitas coisas boas as quais recordo com paixão e me inspiram até hoje. Ate coloquei nome na minha filha em homenagem a uma historia que eu gostava muito;Heydi.

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  2. Muita saudade, grande educadora pelo rádio.
    Sempre que lembro das pessoas que me influenciaram nessa vida, ela tá no meio.
    Alguns cuidados que mãe pobre e analfabeta não tem com os filhos (não quero julgamento negativo nisso que falei, digo porque sou até hoje pobre, fui educado pela minha mãe, algumas coisas a mãe negligenciou, tipo, o lixo jogado na rua, proibição a leituras..... pequenas bases da educação aprendi fora de casa e sabia muito bem que minha mãe não poderia me ensinar; percebi algo bem parecido com vários amigos meus da época), ela complementava.
    Um exemplo: Tia Leninha me ensinou a mastigar.
    Em casa ou no barraco do garimpo, catava comida do jeito que vinha e ..... nenhuma preocupação com pequenos hábitos de boas maneiras.
    :)

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  3. Aprendi muito com suas histórias na minha adolescência nos anos 80 .Ob Obriga tia heleninhH 💋💋💐 para você ai no ceu juntamente com deus.

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  4. Vivi toda minha infancia ouvindo tia Leninha amava as historinha i fantil.saudades

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  5. Saudades
    Como era bom o programa de tia leninha

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  6. Hoje fiquei emocionada e chorei. Me lembrei de quando era criança e do programa da tia Heleninha, que fez parte de toda minha infância, fui pesquisar na internet, sobre o programa e descobri que a amável tia Leninha havia morrido em 2008 e não me contive e fui as lágrimas, aínda estou emocionada, é como se ela tivesse morrido hoje, porque até então estava viva na minha memória e pra mim a veria e a conheceria o rosto dela pela primeira vez, até vi, conheci sua feições, mas não está mais conosco. Estou chocada, triste, com saudades de um tempo que não voltará nunca mais.

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    1. Aconteceu o mesmo, comigo hoje.
      Eu não sabia que ela tinha morrido. Que triste!O encontro com tia Heleninha era o meu programa preferido.

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  7. Eu fiquei também muito triste por saber disso

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  8. Eu fiquei também muito triste por saber disso

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  9. Nossa! Que saudades da tia Heleninha! Eu amava as histórias, nem me mexia na cadeira, pra ouvir tudo, não perder nenhum detalhe. Obrigada

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