Ouvintes da radialista Heleninha Bortone contam como ela fez parte de suas infâncias e influenciou suas vidas

Durantes os programas de Tia Leninha, os ouvintes
paravam para sintonizar o rádio. 

Corria o ano de 1979 quando a radialista Heleninha Bortone estreou na Rádio Nacional da Amazônia, com o programa Encontro com Tia Leninha.  O sucesso foi imediato, no momento em que os relógios marcavam meio dia, o tempo parava, crianças e adultos de diferentes partes do país deixavam tudo o que estavam fazendo para ouvir o programa.

Um exemplo era Rosa Pereira de Sousa, moradora do município de Conceição do Araguaia (PA), que com apenas sete anos de idade começou a ouvir o programa Encontro com Tia Leninha. E para seu encontro com a amiga que falava pelas ondas do rádio ela lembra que tinha um preparativo todo especial.  

De debaixo da mesa, onde ficava o rádio, Rosa acompanhada pelos seis irmãos ouvia o programa e dava asas à imaginação. Inspirada pelo trabalho da radialista nasceu sua paixão por crianças e, anos mais tarde, já adulta, decidiu se formar em Pedagogia.

Do final da década de 1980 até 1999, quando o programa saiu do ar pela primeira vez, o então menino Reynaldo Bione Senna era ouvinte assíduo do Encontro com Tia Leninha. De debaixo das árvores, no povoado Brejo do Meio, município de Fernando Falcão, no Maranhão, em um rádio de pilha, ele ouvia o programa junto com sua família.

Em 26 de junho de 2008, para tristeza dos ouvintes e amigos, Tia Leninha faleceu. Andrelina Martins Ferreira de Guimarães, moradora de Porto Alegre do Norte, interior do Mato Grosso, lembra da tristeza que esse momento provocou. Em sua infância ela ouviu o programa de Heleninha, em Senador Modestino Gonçalves (MG). 

Tamanho foi o sucesso dos programas de Heleninha, que durante uma época chegou a ser ouvido nas salas de aulas para evitar evasão escolar.

Acompanhe a reportagem sobre os ouvintes dos programas de Heleninha Bortone (2016).